
Uma rede de farmácias está distribuindo sacolas plásticas com informações vagas e imprecisas que podem confundir o consumidor. Vamos analisar juntos os problemas?
1) É raro encontrar sacolas plásticas feitas 100% de amido no mercado.
Geralmente, elas são compostas por uma mistura de amido, PBAT (de origem
fóssil) e PLA, o que compromete a alegação de serem totalmente “naturais” bioplástico ou renováveis.
2) Sacolas à base de amido não são recicláveis junto aos plásticos tradicionais (como PE ou PP). Se misturadas na reciclagem, podem contaminar o processo, inutilizando todo o lote.
3) O tempo de decomposição das sacolas varia conforme o ambiente (natureza, aterros ou usinas de compostagem).
4) Essas sacolas só devem ser descartadas com lixo orgânico onde há coleta seletiva e compostagem adequadas. Em aterros, elas podem não se biodegradar conforme normas específicas e, ao fazê-lo em condições anaeróbicas, geram metano, um gás de efeito estufa mais potente que o dióxido de carbono.
5) Se a sacola não informa qual norma de biodegradação segue, isso é uma falha grave, pois o consumidor fica sem meios de verificar as alegações ambientais.
A credibilidade de uma rede de farmácias depende de suas ações, incluindo a precisão das alegações ambientais em suas sacolas. Rotulagens enganosas devem ser evitadas com rigor.